sexta-feira, 30 de julho de 2010

Procurando Rumo

Estou nesta estrada
Perdido, sem rumo,
Vendo todo o meu passado
Através de uma pequena coluna de fumo.

Vi várias curvas,
Muita oposição,
Vi tudo o que tinha percorrido
Para chegar a esta situação.

Vi a morte levar amigos,
Vi várias enganadoras paixões
E reparei que todo esse caminho
Era essencialmente feito de ilusões.

Ilusão de imunidade,
Ilusão de pacificidade,
Ilusão de amizade,
Ilusão de liberdade.

Vi também que nesse caminho
Predominavam os valores materiais
Não estando à vista nem um bocado
Dos valores essenciais.

Mente cerrada,
Cega pela cultura,
Pelos meios de comunicação social
E também por minha loucura.

Acreditava no que me diziam
Sem nunca me questionar
Era uma máquina disposta a acreditar
Naquilo que a lógica não desafiar.

Decidi, então, mudar a minha vida,
Clarear a minha mente,
Ter opinião própria,
Começar a ser gente.

Ajudar os outros,
Não me centrar tanto em mim,
Pedir desculpa a quem fiz sofrer
E procurar redimir-me assim.

Então, o Sol brilhou.
A minha vida encontrou um rumo
Por detrás daquela coluna de fumo
Que o vento levou.

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